O conceito de abjeção em Julia Kristeva

Palavras-chave: Julia Kristeva, pós-estruturalismo, abjeção

Resumo

Neste artigo buscamos apresentar a teoria de Julia Kristeva, em especial no que tange à sua categoria teórica de “abjeção”. Enquanto uma filósofa búlgara, assentada na França, Kristeva foi reconhecida como parte da “santíssima trindade” do feminismo francês, junto com  Luce Irigaray e Michèle Le Doeuff, tanto pelas suas contribuições em psicanálise, quanto pela sua relevância no campo pós-estruturalista. Entretanto, seu pensamento ainda é pouco difundido no Brasil, razão pela qual temos como proposta demonstrar a relevância da autora para os estudos filosóficos contemporâneos, em especial aqueles derivados da corrente do pós-estruturalismo e do feminismo francês. Para tanto, em primeiro lugar, abordamos a relevância epistemológica de Kristeva para o campo das ciências humanas. Em seguida, apresentamos o conceito de “abjeção”, conforme desenvolvido por Kristeva na sua obra “Powers of Horror”. Por fim, apresentamos o debate existente entre Julia Kristeva e Sigmund Freud na referida obra, demonstrando como a categoria de “abjeção” pode ser entendida como um fenômeno de estranhamento e transitoriedade.

Biografia do Autor

Manoel Rufino David de Oliveira, Universidade Federal do Pará
Doutorando em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Pará (UFPA), na linha de pesquisa “Estudos Críticos do Direito”; Mestre em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Pará (UFPA), na linha de pesquisa “Grupos vulneráveis e suas interfaces com a bioética e o biodireito”. Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Professor universitário na Universidade Federal do Pará (UFPA), na Faculdade Faci Devry Belém e na Escola Superior Madre Celeste (ESMAC).
Publicado
2021-04-08
Seção
Artigos