EXPERIÊNCIA, PALAVRA E SENTIDO: O ENSINO DE FILOSOFIA ENTRE OS TEXTOS DA AUSÊNCIA E OS CONTEXTOS DA PRESENÇA.

  • Lucas Leitão Costa PPFEN/CEFET-RJ
Palavras-chave: Experiência, Palavra, Sentido, Presença, Ensino de Filosofia,

Resumo

Parte integrante do projeto de pesquisa ‘Gramáticas da existência: experiência e palavra no ensino de filosofia’, realizada no âmbito do programa de pós-graduação em filosofia e ensino do CEFET/RJ, este texto tem por objetivo refletir sobre possibilidades de um currículo em filosofia que seja um exercício que busque dar conta do problema único e singular da presença enquanto evento do existir. Pensamos que a filosofia não seja propriamente um conjunto de conhecimentos a serem adquiridos, mas uma atitude ativa de construção, desconstrução e reconstrução de sentidos de mundo. Uma atividade de questionamentos fundamentais que surgem como consequência inexorável do problema do acontecimento do ser, e que nos põe no caminho da construção dos conteúdos-sentidos com os quais erigimos todo um conteúdo semântico que nos desdobra do mundo da vida, do ato, onde se situa a experiência concreta e única de nossa singularidade, em direção ao mundo da cultura e de suas inscrições e registros. Considero que parte do fracasso da escola em promover um aprendizado significativo no campo da linguagem é consequência de aspectos e práticas curriculares que tornam o conhecimento objeto da teoria, distante da experiência única e singular dos sujeitos atores no território escolar. Apoiado na fenomenologia de Heiddeger, em diálogo com a filosofia do ato de Bakhtin, e o conceito de experiência proposto por Larrosa, buscou-se pensar as relações entre a palavra, a produção de sentido, e a experiência vivida, situando a própria atividade filosófica nos textos e contextos onde ocorre a experiência singular da existência.
Publicado
2021-04-08
Seção
Artigos