ARQUEOLOGIA – ANTROPOLOGIA OU HISTÓRIA? ORIGENS E TENDÊNCIAS DE UM DEBATE EPISTEMOLÓGICO

  • Luís Cláudio Pereira Symanski
Palavras-chave: Arqueologia, Antropologia, História, Estados Unidos.

Resumo

Ao longo do século XX um debate marcou a arqueologia, sobretudo a norte-americana, deveriam os arqueólogos se ater a uma produção de conhecimento histórico, restringindo suas explicações às particularidades de cada caso? Ou almejar a uma meta mais ampla, buscando extrair dos eventos únicos regularidades mais gerais sobre o comportamento humano, gerando, assim, uma produção de conhecimento tida como verdadeiramente antropológica? Embora tal debate seja mais comumente relacionado à emergência da nova arqueologia dos anos 60, ele foi recorrente na antropologia e arqueologia norte-americanas desde, pelo menos, o segundo terço daquele século. De fato, o movimento pendular entre metas particularistas e generalizantes marcou não somente a arqueologia, mas a própria antropologia ao longo do século XX. Este trabalho tem por propósito, por um lado, analisar as origens e o desenvolvimento deste debate, cujas posições se traduzem na polarização entre explanação e interpretação, e, por outro, discutir as abordagens teóricas mais recentes, que buscam superar essa dicotomia com base, sobretudo, no relacionismo metodológico das teorias da prática.

Biografia do Autor

Luís Cláudio Pereira Symanski
Mestre em história pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS (1997), PhD em antropologia/arqueologia pela Universidade da Florida (2006). Professor-adjunto do Departamento de Antropologia e Arqueologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisador PQ2/CNPq.
Publicado
2014-06-25