SOBRE O USO DAS ASSEMBLAGES NAS ABORDAGENS RELACIONAIS GEOGRÁFICAS

Resumo

No contexto das abordagens relacionais, muitas das quais baseadas em inspirações e pressupostos advindos da teoria ator-rede, destaca-se uma forma de pensamento que tem como base reflexiva a existência de arranjos relacionais heterogêneos, que entrelaçam humanos e não-humanos. Tais arranjos são comumente referidos como assemblages na literatura acadêmica, e tem servido como referência importante para as pesquisas mais-que-representacionais na geografia. Todavia, algumas questões relacionadas ao seu uso exigem atenção: as consequências advindas dos planos entrecruzados das assemblages, a assimetria que envolve os actantes partícipes das redes e a ascensão do pensamento não-correlacional que tem se disseminado a partir da consolidação do realismo especulativo. Apesar destes pontos de atenção, concluímos que as questões levantadas não invalidam o uso das assemblages na pesquisa mais-que-representacional no âmbito da geografia, mas possibilitam a qualificação do discurso que se apropria dos arranjos relacionais heterogêneos aplicados à leitura espacial.

Biografia do Autor

Leonardo Luiz Silveira da Silva, Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Diamantina
Geógrafo, Mestre em Relações Internacionais, Doutor em geografia
Publicado
2024-08-14
Como Citar
Silva, L. L. S. da. (2024). SOBRE O USO DAS ASSEMBLAGES NAS ABORDAGENS RELACIONAIS GEOGRÁFICAS. Geographia Meridionalis, 7, e0240003. https://doi.org/10.15210/gm.v7i.26683