FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA DEMANDA DE FIRMAS DE TI NO MERCADO DE TRABALHO

  • Lucas Rodrigues Azambuja IBMEC-MG

Resumo

Este artigo propõe compreender o comportamento das firmas no mercado de trabalho, através da análise de redes sociotécnicas. Evidenciamos que algumas características dessas redes dependem de aspectos organizacionais das empresas que, por sua vez, estão relacionados ao contexto mais amplo da chamada nova economia. Foi analisada a inter-relação entre redes sociotécnicas e características organizacionais na nova economia, com o objetivo de compreender o processo de construção social sobre o qual assenta a ida das empresas como demandantes no mercado de trabalho. Procedeu-se à realização de quatro estudos de casos em empresas de tecnologias da informação, situadas em Porto Alegre (RS) e Região Metropolitana. Com base na análise dos dados levantados através de entrevistas, observação e coleta de documentos, constatou-se que quanto mais uma firma apresenta características organizacionais típicas da nova economia, maior é o número de agentes integrados em sua rede sociotécnica e mais intensas serão as relações entre eles. Palavras-chave: Sociologia Econômica; Sociologia dos Mercados; Sociologia das Organizações

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lucas Rodrigues Azambuja, IBMEC-MG
Professor Adjunto I no IBMEC-MG. Pesquisador associado ao Grupo de Pesquisa Sociedade, Economia e Trabalho (UFRGS). Pós-Doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2015). Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (2013). Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007). Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004). Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Econômica, Teoria Sociológica e Sociologia das Organizações, atuando principalmente nos seguintes temas: firma, racionalidade, mercado de trabalho e empreendedorismo.

Referências

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1979.

BELL, Daniel. O Advento da Sociedade Pós-Industrial. São Paulo: Cultirx, 1973.

CALLON, Michel. Introduction: the embeddedness of economic markets in economics. In: CALLON, M. (Ed). The Laws of the Markets. Oxford: Blackwell Publishers, 1998.

CALLON, Michel. Actor-network theory – the market test. In: LAW, J. e HASSARD, J. (Ed). Actor-Network Theory and After. Oxford: Blackwell, 2004.

CALLON, Michel. An Essay on the Growing Contribution of Economic Markets to the Proliferation of the Social. Theory, Culture & Society, v. 24, n. Jul./Ago., 2007.

CALLON, Michel. Entrevista com Michel Callon: Dos estudos de laboratório aos estudos coletivos heterogêneos, passando pelos gerenciamentos econômicos. Sociologias, v. 10, n. 19, 2008.

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. 10. ed. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2007. Volume 1.

DOGANOVA, Liliana.; EYQUEM-RENAULT, Marie. What do business models do? Innovation devices in technology entrepreneurship. Research Policy, v. 38, n. 10, 2009.

FERNANDEZ, Roberto M; CASTILLA, Emilio J.; MOORE, Paul. Social Capital at Work: Networks and employment at a Phone Center. American Journal of Sociology, v. 105, n. 5, 2000.

FERNANDEZ, Roberto M.; SOSA, Lourdes. Gendering the Job: networks and recruitment at a Call Center. American Journal of Sociology, v. 111, n. 3, 2005.

GERRING, John. Case Study Research: principles and practices. New York: Cambridge University Press, 2007.

GRANOVETTER, Mark. Getting a Job: a study of contacts and careers. 2ª Ed. Chicago: Chicago University Press, 1994.

GRANOVETTER, Mark. Economic Action and Social Structure: The Problem of Embeddedness. American Journal of Sociology, v. 91, n. 3, 1985.

HANCOCK, Dawson R.; ALGOZZINE, Bob. Doing Case Study Research: a practical guide for beginning researchers. New York: Teachers College Press, 2006.

HARDIE, Iain; MACKENZIE, Donald. Assembling an economic actor: the agencement of a Hedge Fund. The Sociological Review, v. 55, n. 1, 2007.

HARVEY, David. A Condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. 6. ed. São Paulo: Loyola, 1996.

JAMESON, Fredric. Pós-Modernidade e Sociedade de Consumo. Revista Novos Estudos CEBRAP, n. 12, 1985.

LATOUR, Bruno. On Recalling ANT. The Sociological Review, v. 46, 1999.

LATOUR, Bruno Reassembling the Social: An Introduction to Actor-Network-Theory. New York: Oxford University Press, 2006.

LAW, John. After ANT: complexity, naming and topology. The Sociological Review, v. 46, 1999.

MARCHAL, Emmanuelle. ; RIEUCAU, Géraldine. Le recrutement. Paris: La Découverte, 2010.

MARSDEN, Peter V. Selection Methods in US Establishments. Acta Sociologica, v. 37, 1994.

MASUDA, Yoneji. A Sociedade da Informação como Sociedade Pós-Industrial. Rio de Janeiro: Ed. Rio, 1982.

MERLE, Ivanne. Le recrutement des opérateurs dans une usine chimique à haut risque : le paradoxe du charcutier. Sociologie du Travail, v. 54, n. 4, 2012.

MUNIESA, Fabian; MILLO, Yuval; CALLON, Michel. An introduction to market devices. The Sociological Review, v. 55, Special Issue 2, 2007.

POWELL, Walter; SNELLMAN, Kaisa. The Knowledge Economy. Annual Review of Sociology, v. 30, 2004.

RICHARDS, Lyn. Using NVivo in Qualitative Research. London: SAGE Publications, 1999.

RIVERA, Lauren A. Hiring as Cultural Matching: The Case of Elite Professional Service Firms. American Sociological Review, v. 77, n. 6, 2012.

ROBERTS, John M. Poststructuralism against poststructuralism: Actor-network theory, organizations and economic markets. European Journal of Social Theory, v. 15, n. 1, 2012.

ROSCOE, Philip. Economic embeddedness and materiality in a financial market setting. The Sociological Review, v. 61, 2013.

RUBINEAU, Brian; FERNANDEZ, Roberto M. Missing Links: Referrer Behavior and Job Segregation. Management Science, v. 59, n. 11, 2013.

SAYES, Edwin. Actor-Network Theory and methodology: Just what does it mean to say that nonhumans have agency? Social Studies of Science, v. 44, n. 1, 2013.

Publicado
2016-07-26