Possibilidades de apropriação do habitat em assentamentos rurais no Brasil

  • Amadja Henrique Borges Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Cecília Marilaine Rego de Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Márcia Silva de Oliveira Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Sarah de Andrade e Andrade Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Resumo

Este artigo aborda a participação de arquitetos e urbanistas na assessoria aos movimentos sociais do campo, especificamente em assentamentos rurais chamados de “Reforma Agrária”, vinculados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Assim, tem como principal objetivo refletir acerca dos principais limites e possibilidades de parcela desta categoria profissional, desde a concepção do espaço construído, ao mesmo tempo em que envolvida com seu compromisso social. Trata dos métodos utilizados na produção coletiva da habitação social, por meio da troca de saberes científicos e tradicionais, de forma que lideranças e bases do Movimento se apropriem de seus habitats, concebidos e construídos a partir de parâmetros técnicos baseados na sua organização política e cultural, e desenvolvidos com sua participação. A experiência apresentada é a do grupo estudo dos autores, cuja parceria com o MST – e em alguns momentos com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) – remonta a 1994. Tem como principais referências teórico-metodológicas o filósofo e sociólogo francês Henri Lefebvre e os educadores brasileiros Paulo Freire e Carlos Brandão. Como campo empírico, atua, sobretudo, junto aos assentamentos do estado do Rio Grande do Norte (RN), Brasil. 

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Publicado
2016-12-10
Seção
Dossiê temático A atualidade de Henri Lefebvre