Barreiras à prática de atividades físicas de adolescentes escolares da zona rural do sul do Rio Grande do Sul

  • Werner de Andrade Müller Universidade Federal de Pelotas
  • Marcelo Cozzensa da Silva Universidade Federal de Pelotas
Palavras-chave: Epidemiologia, Comunidade Rural, Barreiras, Estudantes, Atividade Motora

Resumo

O objetivo do presente estudo foi identificar a prevalência de barreiras à prática de atividades físicas e fatores associados em alunos do ensino médio de escolas da zona rural da região sul do Rio Grande do Sul. Foram convidados a participar do estudo todos os alunos matriculados no ensino médio, das 10 escolas compreendidas pela 5ª Coordenadoria Regional de Educação (5ª CRE-RS). O estudo, de delineamento transversal, investigou 510 alunos adolescentes (34% do total da população) que responderam questionário sobre barreiras à prática de atividades físicas e fatores associados. Dos entrevistados, 59,0% eram do sexo feminino, 80,0% tinham entre 15 e 17 anos, 92,3% eram de cor de pele branca e 37,7% estavam cursando o primeiro ano do ensino médio. Mais da metade (53,3%) dos estudantes era suficientemente ativo no lazer e 82,9% encontravam-se na categoria normal de IMC. As barreiras que apresentaram maior prevalência foram: dias de chuva (79,1%), falta de tempo (75,3%) e falta de local adequado para a prática (52,3%). Entre as meninas que relataram oito e nove barreiras, as prevalências de insuficientemente ativas foi, respectivamente de 55,6% e 66,7%, enquanto que, para os meninos que relataram esse mesmo número de barreiras, não houve indivíduos insuficientemente ativos. A única barreira que permaneceu associada a inatividade física no lazer na análise multivariável foi a falta de dinheiro (p=0,03). Conclui-se que mais estudos com adolescentes residentes no meio rural são necessários para se conhecer as necessidades e assim estruturar políticas públicas de incentivo a atividade física.
Publicado
2013-09-14
Seção
Artigos Originais