Associação entre atividade física e tempo de tela com o nível socioeconômico em adolescentes

  • Tatiane Silva Universidade Federal do Pampa
  • Helter Oliveira Universidade Federal do Pampa
  • Mauren Bergmann Universidade Federal do Pampa
  • Gabriel Bergmann Universidade Federal do Pampa
Palavras-chave: Atividade motora, Sedentarismo, Classe social

Resumo

Apesar da reconhecida importância da atividade física (AF) para saúde, evidências sugerem que o tempo em atividades sedentárias tem aumentado entre adolescentes, podendo estar associado a diversos fatores, entre eles os socioeconômicos. O objetivo do estudo foi identificar as associações entre AF, comportamento sedentário e o nível socioeconômico (NSE) em adolescentes. O estudo contou com uma amostra de 1.455 adolescentes (741 moças) de 10 a 17 anos selecionados aleatoriamente em escolas públicas de Uruguaiana/RS. A AF foi estimada pelo PAQ-C e PAQ-A e os adolescentes foram classificados como suficientemente ou insuficientemente ativos. O comportamento sedentário foi considerado a partir do autorrelato (questionário) sobre o tempo de tela (tempo médio diário assistindo televisão, usando computador, videogame e outros equipamentos eletrônicos). Os adolescentes foram divididos em dois grupos: tempo de tela de até três horas/dia e superior a três horas/dia. O NSE foi considerado conforme o Critério de Classificação Econômica Brasil. Para a análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva, o teste Qui-quadrado para tendência e a regressão logística binária. A AF não apresentou associação com o nível socioeconômico (p=0,562), inclusive quando a análise foi estratificada por sexo (rapazes p=0,360; moças p=0,309). O tempo de tela se associou ao nível socioeconômico apenas nos rapazes (p=0,043). Adolescentes do sexo masculino de nível socioeconômico mais alto têm mais chance (OR:1,83; IC95%:1,02-3,28) de permanecer mais de três horas/dia em atividades sedentárias. O nível socioeconômico está diretamente associado ao tempo de tela em adolescentes do sexo masculino.

Biografia do Autor

Tatiane Silva, Universidade Federal do Pampa
Grupo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde na Infância e Adolescência, Curso de Licenciatura em Educação Física, Uruguaiana, Rio Grande do Sul, Brasil.
Helter Oliveira, Universidade Federal do Pampa
Grupo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde na Infância e Adolescência, Curso de Licenciatura em Educação Física, Uruguaiana, Rio Grande do Sul, Brasil.
Mauren Bergmann, Universidade Federal do Pampa
Grupo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde na Infância e Adolescência, Curso de Licenciatura em Educação Física, Uruguaiana, Rio Grande do Sul, Brasil.
Gabriel Bergmann, Universidade Federal do Pampa
Grupo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde na Infância e Adolescência, Curso de Licenciatura em Educação Física, Uruguaiana, Rio Grande do Sul, Brasil.
Publicado
2015-09-01
Seção
Artigos Originais