Corrida em piscina funda promove manutenção da pressão arterial ao longo de cinco anos

  • Thaís Reichert
  • Ana Carolina Kanitz
  • Rodrigo Delevatti
  • Luiz Kruel
Palavras-chave: Hipertensão, Treinamento, Exercícios aquáticos

Resumo

O objetivo do presente estudo foi identificar o comportamento da pressão arterial sistólica, diastólica e média de repouso e máxima durante cinco anos de treinamento de corrida em piscina funda. A amostra foi composta por 39 indivíduos de meia idade, que foram divididos no grupo normotenso (43,6±7,38 anos, 120,00±11,54/80,00±10,00 mmHg, n=17) e hipertenso (59,27±7,00 anos, 126,92±11,82/85,41±8,90 mmHg, n=22). Os sujeitos treinaram duas vezes por semana (45 minutos por sessão) de março a dezembro. O treinamento foi prescrito pela escala de esforço percebido de Borg (6-20) com o objetivo de promover ganhos cardiorrespiratórios. A avaliação cardiovascular foi realizada anualmente por um período de cinco anos, e os resultados de pressão arterial em repouso e máximo foram avaliados. Para análise dos dados, os testes de Shapiro-Wilk, Levene e ANOVA two-way com post-hoc de Bonferroni (α=0,05) foram utilizados. A pressão arterial sistólica, diastólica e média de repouso apresentaram uma manutenção ao longo dos cinco anos de treinamento em ambos os grupos, e os hipertensos tiveram os maiores valores. A pressão arterial sistólica máxima apresentou um decréscimo significativo do terceiro para o quarto ano em ambos os grupos, enquanto que a pressão diastólica e média máxima apresentaram uma manutenção ao longo do treinamento. Conclui-se que a prática de corrida em piscina funda promove uma manutenção dos valores da pressão arterial de repouso e máxima, em indivíduos normotensos e hipertensos. Este resultado é de grande relevância clínica, pois o avanço da idade tende a elevar os valores de pressão arterial, podendo resultar em doenças cardiovasculares.

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Publicado
2016-03-03
Seção
Artigos Originais