FOUCAULT E HEIDEGGER: MESTRES DO CUIDADO
Resumo
Por acaso as práticas de autosubjetivação – compreendendo as “artes da existência” de Michel Foucault – forneceriam alternativas para uma ética inteiramente distinta das éticas filosóficas com base em uma adequação às categorias de uma verdade moral amparada na natureza humana, na natureza de Deus, na natureza de acordos organizados em torno de uma ideia de “bem” da sociabilidade, na natureza de regras de sociabilidade antecipadas pelos pressupostos da comunicação cotidiana? Através do cotejo entre o conceito de “cuidado” em Heidegger, como estrutura que preserva a abertura do ser-aí para a confrontação com o seu caráter essencial de poder-ser, e o “cuidado de si” em Foucault, espécie de revitalização da prática filosófica que remete a “educação para a política” a certas “relações de si para consigo”, pretendemos introduzir os traços de uma ética filosófica que não cessou de dever tributos a Heidegger na tradição que constituiu a filosofia francesa do pós-guerra.(1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
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