Do desacordo ao paradoxo da autoridade: uma análise da concepção de serviço de autoridade à luz da teoria do “ponto-cego”, de R. Sorensen

Palavras-chave: Autoridade, Racionalidade, Paradoxo

Resumo

A partir de uma revisão crítica da literatura, estuda-se um desafio do anarquismo filosófico à teoria da autoridade jurídica de J. Raz: seguir uma ordem de que se discorda seria irracional, pois equivaleria a agir contra o que se considera mais justificado. Utilizando referências atinentes à teoria da decisão e à epistemologia, além de exemplos sobre ferramentas de auxílio à tomada de decisão do cotidiano (como experts e programas), esboçamos duas possíveis respostas, que correspondem a duas concepções instrumentais distintas de autoridade: numa, é justificável para o agente colocar-se numa situação que o leve a agir de forma inconsistente com suas crenças – a ideia de “submeter-se à autoridade”, afim a uma “confiança cega”; noutra, utilizando a teoria dos “pontos-cegos”, delineiam-se restrições que uma teoria da racionalidade impõe à teoria da autoridade.

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Biografia do Autor

Ramiro de Ávila Peres, UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Doutorando em filosofia - PPGFil/UFGRS

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Publicado
2019-04-13
Seção
Artigos