Radically Enactive High Cognition
Resumo
Eu avanço o programa da Cognição Radicalmente Enativa (CRE) desenvolvendo a ideia de Hutto & Satne (2015) e Hutto & Myin (2017) de que a cognição com conteúdo emerge de atividades socioculturais, que demandam uma forma de intencionalidade desprovida de conteúdo. Proponentes de CRE então enfrentam um desafio funcional: qual é a função de habilidades de cognição superior, dadas as descobertas empíricas segundo as quais o engajamento em atividades de cognição superior não é correlato com melhoras cognitivas (Kornblith, 2012)? Eu respondo ao desafio funcional argumentando que a cognição superior é uma ferramenta adaptativa dos sistemas sociais em que estamos imbuídos, portanto, ela não é necessariamente direcionada à melhora de estados cognitivos. Para fazer isso, eu interpreto insights centrais ao enativismo autopoiético pelas lentes de CRE.(1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
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