A LIBERDADE EM “TRÊS ATOS” NA FILOSOFIA DE HANNAH ARENDT

Palavras-chave: Liberdade, política, ideologia, vontade, faculdade do pensamento.

Resumo

Uma das reflexões de maior envergadura de Hannah Arendt é aquela que se volta para o tema da liberdade. Nas páginas de O que é liberdade?, nos deparamos com um movimento argumentativo que tem como premissa asseverar que a liberdade é a raison d'être da política e seu domínio de experienciação é o espaço público. Contudo, em Origens do totalitarismo, há um outro polo argumentativo, que apresenta o pensamento como a mais livre das faculdades espirituais, a qual é constantemente ameaçada de ser substituída pela camisa de força da ideologia. Por último, em A vida do espírito, Arendt afirma que a vontade tem uma liberdade infinitamente maior do que o pensamento. Esses três movimentos argumentativos acerca da liberdade constroem uma contradição conceitual que, em nosso entendimento, não é passível de solução, mas somente de explicitações acerca de cada um desses movimentos. Refletir acerca dessa contradição conceitual se constitui como objetivo nuclear do presente artigo.

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Biografia do Autor

Fábio Abreu Passos, Universidade Federal do Piauí
Doutor em Filosofia Política pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é Professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia Política, atuando principalmente nos temas relacionados à Filosofia Política Contemporânea, a partir dos seguintes autores: Hannah Arendt, Michel Foucault e Giorgio Agamben. Atua também na área de Artes Visuais, pesquisando os seguintes temas: Artes Visuais, Arte Contemporânea, Política. Arte e Nudez Corporal e Arte e Corpos não Hegemônicos.
Publicado
2022-06-10
Seção
Artigos