JOÃO BURIDAN E A RETOMADA DA SUPOSIÇÃO NATURAL

DOI: https://doi.org/10.15210/dissertatio.v0i0.20225
Palavras-chave: Buridan, Lógica Medieval, Suposição Natural.

Resumo

Esse artigo tem como objetivo tratar de uma noção comum nos tratados lógicos do século XIII, mas que praticamente desaparece nas teorias no século XIV: a suposição natural.  Primeiramente, tentaremos mostrar como essa noção aparece no século XIII, especialmente na obra de Pedro da Espanha. Num segundo momento, trataremos da interpretação dessa noção no quadro nominalista do filósofo medieval João Buridan (séc. XIV). O papel da suposição natural nesse quadro é cobrir os casos em que os termos de uma proposição supõem por tudo aquilo que significam, sejam coisas passadas, presentes e futuras, característica que torna possível que a proposição seja verdadeira mesmo se as coisas às quais seus termos se referem não existem no mundo no momento da avaliação da proposição. Tentaremos mostrar como a manutenção da suposição natural em sua teoria exige: (i) uma reorganização do quadro dos tipos de suposição, e (ii) a inserção da suposição natural em que um quadro proposicional.

Biografia do Autor

Roberta Magalhães Miquelanti, Universidade Federal da Bahia
Professora adjunta da Universidade Federal da Bahia e doutora em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2017). Possui Graduação em Filosofia (2005) e Mestrado em Filosofia (2009) pela Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia Medieval, Lógica e Filosofia da Linguagem.
Publicado
2021-02-03
Edição
Volume Suplementar 10 - Dossiê Filosofia Medieval, 2020
Seção
Volumes Suplementares

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