EDUCAÇÃO E ETHOS DEMOCRÁTICO: O DESAFIO DA FORMAÇÃO PARA A AUTONOMIA
Resumo
Neste artigo discuto, a partir da obra do filósofo Castoriadis, o modo como a escola é concebida na Modernidade, considerando-se a noção da formação para a cidadania e como o significado de cidadania e de autonomia ganham outro sentido, à medida que a instituição escolar vai sendo dominada pela lógica da vida empresarial. A escola, instituição que participa das duas significações imaginárias modernas, autonomia e controle, também participa do processo de privatização do indivíduo e do eclipse do projeto de autonomia. Cada vez mais submetida aos valores do controle, da normatização, da produtividade, do sucesso individual, da meritocracia, do quantificável, encarna e reforça um novo tipo de heteronomia disfarçado em democracia e autonomia. Discutiremos também essa banalização da educação, a maneira como a escola torna-se cada vez mais distante de um ideal de formação de subjetividades reflexivas e deliberantes, e mais comprometida com a formação de recursos humanos.(1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
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