THE QUESTION OF GOD’S EXISTENCE: PARTIAL EVIDENCE, DISAGREEMENT AND INTELLECTUAL HUMILITY
Resumo
Neste artigo, começo argumentando que crenças religiosas podem envolver no mínimo dois tipos de anuladores, a saber, evidência parcial e desacordo entre pares. A crença na existência (ou não existência) de Deus, por exemplo, é baseada em evidência parcial. O corpo de evidências acerca desta questão é enorme. Ninguém está apto a considerar todas as informações e todos os argumentos sobre esse tópico. Para questões desse tipo temos somente evidências parciais. Além disso, existe um desacordo persistente sobre a questão da existência de Deus. Ateus e Teístas nunca chegam a uma resposta definitiva. O desacordo com pares epistêmicos é também um tipo de anulador para as nossas crenças religiosas. Assim, diante desse cenário de disputa e anuladores, irei argumentar por uma atitude de humildade intelectual. Esta virtude intelectual consiste em reconhecer ou aceitar nossas limitações intelectuais. Neste caso, independente de termos uma crença a favor ou contra a existência de Deus, ambas as partes em disputa – Ateus e Teístas – deveriam reconhecer suas limitações intelectuais e reduzir a confiança em suas crenças.Referências
BALLANTYNE, N. “The Significance of Unpossessed Evidence”. The Philosophical Quarterly, 65, 2015, p. 315-335.
CASSAM, Q. “Epistemic Insouciance”. Journal of Philosophical Research, 43, 2018, p. 1-20.
CASSAM, Q. Vices of the mind: from the intellectual to the political. Oxford: Oxford University Press, 2019.
FELDMAN, R. “Deep Disagreement, Rational Resolution and Critical Thinking”. In: Informal Logic, vol. 25, nº 1, 2005, p. 13-23.
_________“Epistemological Puzzles about Disagreement”. In: S. Hetherington (Ed.) Epistemic Futures. Oxford: Oxford University Press, 2006a p. 216-236.
_________“Reasonable Religious Disagreement”. In: L. Antony (Ed.) Philosophers without Gods: Meditations on Atheism and the Secular Life. New York: Oxford University Press, 2006b, p. 194-215.
_________“Evidencialism, Higher-Order evidence, and Disagreement”. In: Episteme vol 6, nº 3, 2009, p. 294-312.
KRAFT, J. The Epistemology of Religious Disagreement: A better understanding. New York: Palgrave Macmillan, 2012.
GRECO, J., TURRI, J. & ALFANO M. “Virtue Epistemology”. In: Stanford Encyclopedia of Philosophy, 2017. Accessed from: http://plato.stanford.edu/entries/epistemology-virtue/.
LOUGHEED, K. The epistemic benefits of disagreement. Cham: Springer, 2020.
MATHESON, J. The Epistemic Significance of Disagreement. Hempshire: Palgrave, 2015.
PITTARD, J. Disagreement, Deference, and Religious Commitment. New York: Oxford University Press, 2019.
TANESINI, A. “‘Calm Down, Dear’: Intellectual Arrogance, Silencing and Ignorance”. In: Aristotelian Society Supplementary, vol. 90, nº 1, 2016a, p. 71-92.
_________ “Intellectual Humility as attitude”. In: Philosophy and Phenomenological Research, vol 96, nº2, 2016b, p. 1-22.
WHITCOMB, D., BATTALY, H., BAEHR, J. & HOWARD-SNYDER, D. “Intellectual Humility: Owning Our Limitations”. Philosophy and Phenomenological Research, 2015, p. 1-31.
(1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
(2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
(3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre)