“Autonomia do médico”
Resumo
Este artigo reconstrói e discute criticamente o uso da expressão “autonomia do médico” feito no Brasil durante a pandemia da COVID-19. Na primeira parte, o trabalho mostra que o emprego da expressão foi feito num contexto bastante problemático e que, inclusive, significou o contrário do que em geral entende-se pela autonomia de um(a) profissional da saúde. Na segunda parte, define-se um dos elementos da autonomia, a saber, a liberdade negativa, ou seja, a ausência de coerções (que podem ser feitas por pacientes, ou por autoridades não médicas ou por corporações econômicas, em especial, farmacêuticas, ou por governantes etc.). Na terceira parte, caracteriza-se o elemento positivo da autonomia, ou seja, a autodeterminação que foi comprometida durante a pandemia pela subordinação de grande número de médicos ao governo. Finalmente, o artigo procura indicar formas de resgatar a confiança perdida na medicina brasileira argumentando que precisamos tanto de uma Medicina Baseada em Evidências quanto da Medicina Centrada na Pessoa.Downloads
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