MORAL E POLÍTICA EM HANNAH ARENDT
Uma abordagem do problema do fundamento da obrigação política como via de questionamento à onda dos fundamentalismos de coloração moral
Resumo
A atual cena política nacional e sul-americana inspiram cuidados. Nelas, a extrema direita e os seus militantes insistem em simular um poder que não possuem. Nesse contexto, os tipos humanos, que se autoproclamam “cidadãos de bem”, tornam-se mais politicamente perigosos quanto mais convencidos estão do valor moral dos próprios motivos ou motivações. No intento de vislumbrar os elementos que visam a uma leitura mais consequente desse cenário, o texto objetiva revisitar o problema do fundamento da obrigação política, em companhia da original abordagem de Hannah Arendt. Na provisoriedade que instiga o debate, chega-se à preliminar conclusão, a partir do suporte teórico-conceitual arendtiano, que é inadequada a tentativa de fundar a obrigação política na consciência (moral) individual ou nos imperativos da moralidade subjetiva, o que permite que se recoloque em questão a onda dos fundamentalismos de coloração moral, quaisquer que sejam as vertentes ideológicas que assumem.(1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
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