Anarquismo ético e décadence fisiológica: sobre a influência de Tolstói na avaliação nietzschiana de Jesus em O Anticristo
Resumo
Partiremos da avaliação do tipo Jesus feita por Nietzsche em O Anticristo para averiguar em que medida o ethos anárquico do Cristo se apresenta como um sintoma do seu anarquismo fisiológico, o que significa dizer da sua décadence. Tendo como base a fisio-psicologia nietzschiana, propomos a hipótese de que Jesus Cristo e Paulo de Tarso constituem duas formas de vida antagônicas a partir das quais derivaram modos de vida também antagônicos: o modo de vida crístico, votado à prática evangélica, e o modo de vida paulino, votado à fé na imortalidade da alma. Pretendemos demonstrar que tal avaliação do tipo “santo anarquista", termo com o qual o filósofo alemão designou Jesus, é tributária da interpretação dos Evangelhos feita por Tolstói em seus escritos da segunda fase, de modo particular, no ensaio Minha Religião.Downloads
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