Do presente ao passado: a metafísica das atribuições de lembrança
Resumo
Neste ensaio, exploro a questão acerca dos veritadores para atribuições de lembrança de eventos, as quais expresso com o esquema “S lembra de E”. Para responder esta questão, distingo o lembrar no sentido descritivo, baseado na experiência subjetiva, do lembrar no sentido normativo, o qual exige algum tipo de correspondência com os eventos passados reais. Como método de abordagem das atribuições de lembrança, uso o método dos casos. A partir deste método, discuto a aplicação da exigência de acurácia e da condição de experiência passada a atribuições de lembrança. Para esclarecer este ponto, abordo o problema metafísico do passado como fundamento ontológico de verdades presentes sobre lembranças. Esta abordagem, por sua vez, me leva à análise crítica da solução de Aristóteles, a qual foca no modo de consideração de uma imagem mental. Concluo que, embora a abordagem aristotélica ofereça insights valiosos, uma teoria contemporânea da veritação das atribuições de lembrança deve incorporar elementos da filosofia da memória para abordar adequadamente as complexidades das atribuições de lembrança.Downloads
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