O ESTATUTO DO SONHO EM O IMAGINÁRIO DE SARTRE
Resumo
Pretende-se mostrar neste artigo que o sonho aparece na filosofia de Sartre como pertencendo à família da imagem, totalmente distinto da percepção e ao mesmo tempo mantendo relação com o real, de forma que aquele que sonha cria o irreal permanecendo no mundo. Contra a leitura de Merleau-Ponty em seu curso sobre a passividade, e a crítica elaborada por Silvana Ramos, mostraremos que a distinção entre percepção e imaginação, não implica, no livro O imaginário de Sartre, uma ruptura entre real e irreal, e que mesmo o sonho, exemplo limite do imaginário, longe de significar ausência de mundo, é criado por um corpo que, adormecido, permanece no mundo e permite o despertar.(1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
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