ELEMENTOS DA ANTROPOLOGIA FENOMENOLÓGICA DE GERDA WALTHER

  • Everaldo Cescon Universidade de Caxias do Sul
  • Gilson Bavaresco Universidade de Caxias do Sul
Palavras-chave: Gerda Walther, Psicologia Compreensiva, Mística, Antropologia Filosófica, Método Fenomenológico.

Resumo

O presente artigo, após uma breve introdução histórica sobre a autora, analisa algumas características da antropologia fenomenológica de Gerda Walther, levando principalmente em consideração a sua obra principal, Fenomenologia da Mística, a partir da segunda edição de 1955 (trad. ital., 2008). Nela, Walther apresenta um verdadeiro tratado de antropologia filosófica, como parte preliminar a uma análise dos fenômenos místicos, interrelacionando elementos antropológicos oriundos de uma análise fenomenológica do ser humano e os problemas filosófico-religiosos da experiência mística e das experiências paranormais. Nesta obra identifica-se, além da influência do método de Husserl, o influxo da fenomenologia de Pfänder, principalmente no uso de metáforas para explicitar a constituição da pessoa humana. Uma das teses fundamentais de sua antropologia é a de que todo ser humano possui um eu-centro (Ichzentrum) com as características de autoconsciência e capacidade de vontade. Nisso, a autora mostrara dependência de elaboração oriundas da Psicologia Compreensiva de Pfänder, mas também da fenomenologia de Husserl, de Scheler e de Stein, em especial pela sua concepção de “âmago do eu” (Einbettung des Ich) que denota semelhanças com a do “eu-anímico” de Stein, conceito derivado de uma crítica ao “eu-puro” de Husserl.

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Publicado
2015-07-01
Seção
Artigos