WITTGENSTEIN SOBRE CERTEZA, REGRAS E NORMAS
Resumo
O presente estudo deve ser visto como uma tentativa simples de estabelecer o próprio eixo norteador de uma obra wittgensteiniana que se apresenta como “epistemológica”, sem, no entanto, sê-lo em sentido primário ou essencial: quer-se estabelecer o conceito mesmo de certeza, perseguindo a Consideração Final de que a sua categoria é lógico-linguística e só por esse motivo pode ele, em sentido secundário ou derivativo, servir para o inquérito da epistemologia, isto é, servir ao propósito de legitimar uma atitude de recusa ao ceticismo. Em outras palavras, quer-se aproximar a noção de “certeza” à noção de “regra” (e de “norma”) dentro da referida obra (Divisões 2, 3 e 4) e perceber o que essa aproximação oportuniza para o entendimento da natureza da linguagem, e só então – o que, de início, pareceria mais óbvio – o que ela proporciona para um relato geral do conhecimento (Divisões 1 e 4). Em verdade, é precisamente na remodelação teórica da noção de certeza que o tema do ceticismo (sobre o mundo exterior) tem espaço de tratamento, para Wittgenstein, residindo no seguinte ponto de partida o seu distanciamento face à estratégia argumentativa adotada por G. E. Moore: da revisão da natureza da linguagem como uso à rejeição teórica do ceticismo a relação é boa.(1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
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