EXPRESSIVISMO, DESCRITIVISMO E O PARADOXO DE MOORE
Resumo
O objetivo deste trabalho é mostrar que, em relação ao uso de termos psicológicos, Wittgenstein assume uma forma muito particular de expressivismo. Alguns autores procuram mostrar que Wittgenstein é um expressivista no sentido tradicional, outros procuram defender que o filósofo não é um expressivista em nenhum sentido. Para Do Carmo, ambos os modos de conceber a posição wittgensteiniana estão profundamente equivocados e, neste trabalho, ele tenta defender não apenas que Wittgenstein assume certos pressupostos do expressivismo, mas, também que sua posição é potencialmente capaz de superar algumas dificuldades, como a falácia descritivista, por exemplo. Sua estratégia será considerar, em primeiro lugar, o modo como o filósofo procura mostrar a absurdidade das sentenças Moore-paradoxais tomando como pano de fundo o trabalho de Eduardo Ferreira das Neves Filho e, em um segundo momento, mostrar que o tratamento wittgensteiniano dos termos psicológicos consiste justamente na dissolução da dicotomia “descrição-expressão”. Na terceira seção deste artigo, Neves Filho procura responder a algumas das análises e críticas realizadas por Do Carmo nas duas seções anteriores, destacando algumas implicações da assunção de um forte expressivismo para uma solução ao Paradoxo de Moore.(1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
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