O PROBLEMA DA INTENCIONALIDADE NA FÓRMULA “COMO ALGUÉM SE TORNA O QUE SE É” DE NIETZSCHE
Resumo
O objetivo deste artigo é analisar a questão da intencionalidade na fórmula “Como alguém se torna o que se é”, registrada por Nietzsche como subtítulo a Ecce homo. O problema da intencionalidade emerge, por um lado, a partir de uma frase do próprio livro de Nietzsche que reza: “Que alguém se torne o que é pressupõe que não suspeite sequer remotamente o que é”; e, por outro lado, da hipótese segundo a qual ‘tornar-se o que se é’ ocorre unicamente através das vivências (Erlebnisse), compreendida como pathos e, portanto, como um contra-conceito à intencionalidade. Os conceitos de destino e fluidez serão as duas hipóteses que serão analisadas, a fim de nos distanciarmos do problema da intencionalidade.(1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
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