A MORTE MORAL E A ECONOMIA DOS DESEJOS NO EMÍLIO DE ROUSSEAU
Resumo
A antropologia elaborada por Rousseau no Emílio faz parte de um projeto de restauração moral. Quando se volta à análise das paixões, às concepções de liberdade, força e virtude e à fundamentação dos sentimentos morais, o autor esboça a economia dos desejos. Cabe-nos chamar atenção para os aspectos políticos implicados nessas concepções, o que nos permite tratá-las em toda a sua materialidade, e não apenas como peças de um sistema de pensamento abstrato. Assim, tanto os sentimentos morais, como as paixões e os desejos, e a própria concepção de vontade, são examinados, mas não apenas em seu sentido estritamente moral. Levados aos extremos da moralidade, mostram-nos o vínculo entre o físico e o espiritual, mas indicam também um ponto de ruptura nas manifestações da voz da consciência, regressão que caracteriza o que chamamos de morte moral.(1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
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