"CO": prefixo latino que traz consigo o sentido de "com"

Palavras-chave: Criação COnjunta, Performance, Colaboração, autoria.

Resumo

O trabalho aponta os desafios da criação COnjunta e apresenta duas performances artísticas, Aqui ou AliXo e Rubra Fluidez, desenvolvidas por integrantes do Laboratório de Pesquisa em Performance Arte e Cultura (LAPARC/ UFSM). Ao discutir as práticas de colaboração e entrecruzamentos de saberes, ou seja, “saberes-fazeres advindos das experiências conjuntas”, desenvolve o pensamento sobre o termo colaboração em artes e o modo de fazer arte junto, debruçando-se nas considerações do norueguês Florian Schneider, da boliviana Maria Galindo, entre outros, assim como a evidência de outros termos que versam sobre a produção artísticas com autoria compartilhada.Palavras-chave: Criação COnjunta; Performance; Colaboração; autoria. “CO”: Latin Prefix that carries a sense of “WITH” Abstract: The work points to the challenges of joint creation and presents two artistic performances, Aqui ou AliXo and Rubra Fluidez, developed by members of the Research Laboratory in Performance Art and Culture (LAPARC of the Federal University of Santa Maria/UFSM, Brazil). When discussing the practices of collaboration and knowledge intersections, which is “[the] know-how arising from joint experiences”, the paper ref lects on the term ‘collaboration in the arts’ and ways of making art together, considering Norwegian author Florian Schneider and Bolivian Maria Galindo, among others, as well as other terms that deal with artistic production with shared authorship.Keywords: CO; Joint creation; Performance; Collaboration; authorship.   

Biografia do Autor

Gisela Reis Biancalana, Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP
Doutorado (2010) e Mestrado (2001) em Artes pelo Programa de Pós-graduação em Artes do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP e Bacharelado em Dança (UNICAMP, 1991). Atua na área de Artes com foco no corpo em estado de Arte, performance e processos colaborativos. Professora Associada no Curso de Dança da UFSM pelo qual foi responsável pela criação e implantação exercendo a função de coordenadora. Atua no Programa de Pós-graduação em Artes (PPGART/UFSM) desde 2010. É líder do grupo de pesquisas Performances: arte e cultura-CNPQ e coordena o Laboratório de Performance, arte e cultura (LAPARC). Realizou pós doutorado na De Montfort University, UK investigando processos colaborativos.

Referências

BIANCALANA, Gisela Reis. Fronteiras Porosas e Processos Colaborativos. In Anais da ABRACE, 2016.

CATTANI, Icleia Borsa. Arte Contemporânea: o lugar da pesquisa. In: BRITES, Blanca; TESSLER, Elida. O meio como ponto zero. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2002.

COHEN, Renato. Performance como linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2002.

CORREIA, Maria da Conceição Batista. A observação participante enquanto técnica de investigação. São Paulo: Ed. Brasiliense, 2009.

FORTIN, Sylvie. Contribuições possíveis da etnografia e da auto-etnografia para a pesquisa na prática artística. Revista Cena, UFRGS, n.7, 2009.

GEIGER, Luciene. Aprendendo a ser mulher. Dissertação de Mestrado. PUC-RS. Faculdade de Educação. Programa de Pós-graduação em Educação. Porto Alegre, 2014.

GLUSBERG, Jorge. A arte da performance. São Paulo: Perspectiva, 1987.

GOLDBERG, RoseLee. A arte da performance: do futurismo ao presente. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2006.

GUATTARI, Félix. As três ecologias. Campinas-SP: Papirus, 1990.

LAPLANTINE, François. Aprender antropologia. São Paulo: editora Brasiliense, 1996.

LE BRETON, André. Adeus ao corpo: antropologia e sociedade. Campinas: Papirus, 2003.

MEDEIROS, Maria Beatriz de. Composição Urbana: surpreensão e fuleragem por Maria Beatriz de Medeiros e Natasha de Albuquerque. Disponível em: http://grafiasdebiamedeiros.blogspot.com/2014/05/composicao-urbana-surpreensao-e.html Acesso em: 23 abr. 2019.

PHELAN, Peggy. A ontologia da performance. In Revista de Comunicação e Linguagens. Lisboa: Ed. Cosmos, 1998.

REY, Sandra. Por uma abordagem metodológica da pesquisa em Artes Visuais. In: BRITES, Blanca; TESSLER, Elida. O meio como ponto zero. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2002, p. 123-140.

RODRIGUES, Graziela. Bailarino, pesquisador, intérprete. Rio de Janeiro: Funarte, 1997.

RUHSAM, Martina. I want to work with you because I can speak for myself. The Potential of postconsensual Collaboration in Choreographic Practice. In Collaboration in performance practice. London: Palgrave Macmillan, 2016.

SANTOS, Camila Matzenauer dos. O corpo feminino como metáfora do tempo em performance arte. Dissertação de Mestrado, PPGART-UFSM, 2019.

SCHECHNER, Richard. O que é performance? In Performance studies: an introduction, Second Edition. New York & London: Routledge, 2006, p. 28-51.

______. Performance studies, an introduction. London and New York: Routledge, 2002.

______. O que é Performance. In O percevejo. trad. Dandara, Rio de Janeiro: UNIRIO, ano 11, número 12, 2003.

SCHNEIDER, Florian. Collaboration – some thoughts concerning new ways of learning and working together. Frankfurt: Revolver Verlag, 2007.

STRAZZACAPPA, Márcia. Entre a arte e a docência: a formação do artista de dança. Campinas: Papirus,1998.

TAYLOR, Diana. Performance. Buenos Aires: Asunto Impresso Ediciones, 2012.

VERSIANI, Daniela Beccaccia. Autoetnografias: conceitos alternativos em construção. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005.

Publicado
2022-10-24
Como Citar
Biancalana, G. R. (2022). "CO": prefixo latino que traz consigo o sentido de "com". Paralelo 31, 1(18), 132. https://doi.org/10.15210/p31.v2i18.23765
Seção
ARTIGOS Dossiê Artes e Convívio