CHAMADA PARA A VIGÉSIMA QUARTA EDIÇÃO DA REVISTA PIXO

2022-06-14
“ARQUITETURAS DO ABANDONO: manifestações de uma polissemia existencial”A PIXO – Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, torna pública a chamada para a sua 24ª edição, com a temática “ARQUITETURAS DO ABANDONO: manifestações de uma polissemia existencial”. A ideia é reunir no dossiê temático, artigos, ensaios, entrevistas, resenhas e trabalhos audiovisuais (fotografias, collages, desenhos, mapas, vídeos, poesias, etc.) que tratem da polissemia do conceito de abandono, em seu sentido existencial ‒ da vida.A palavra abandono pode ser pensada de diferentes formas. Refere-se a uma ação que objetiva dispensar algo, uma coisa, uma pessoa, uma função, um lugar. Abandonar remete ao desamparo, ao refugo… deixar a ermo. É abandonado aquilo que não nos serve mais ou o que não faz mais sentido em nossa vida. Pode ser expressado em sua materialidade, apresentando sinais visíveis de esquecimento e descaso, como objetos quebrados, prédios abandonados, bairros marginalizados, cidades devastadas. Contudo, o abandono pode se manifestar de formas menos explícitas, quando uma pessoa é ou se sente abandonada, ocasionando nela um blocos de sensações que variam em potência e intensidade. Um abandono de acolhimento, amor e proteção para com o outro.A proposta desta edição é discutir as inquietações produzidas pelo abandono. O que pode desencadear aquilo que está abandonado? Quais as reverberações de um abandono? Qual o tempo e velocidade que operam nessa condição? Busca-se trazer reflexões às diferentes abordagens e sentidos do abandono, com a intenção de instigar caminhos que possibilitem revelar determinadas práticas, ações e medidas que dizibilizem potências para a construção do conhecimento em diversas áreas.Neste número da PIXO queremos publicar trabalhos que tratem da diversidade de temas que atravessam as “ARQUITETURAS DO ABANDONO” na contemporaneidade, que acabam por complementar o verbo “abandonar”: edificações, espaços livres, bairros, cidades, etc. nas mais diversas escalas; ruínas, destruição, devastação, derrocada, colapso, aniquilamento, extinção, extermínio, fim, perda, desmoronamento, esfacelamento ou estrago; a decadência, degradação, declínio, queda, decaída, empobrecimento, depauperamento, perecimento, involução, ocaso ou outono; lugares de ociosidade, desocupados, obsoletos, subutilizados, reabilitados, restaurados, revividos ou revitalizados; os lugares do patrimônio cultural, arquitetônico, urbano e histórico; costumes, práticas, saberes, tradições; leis, pelo poder público, do direito à cidade; como o síndrome do abandono, psicologicamente e psicanaliticamente: negativo-agressivo, positivo amoroso, não valorizado e/ou catastrófico; as pessoas, os grupos sociais e as comunidades, a casa, a família, o marido, a esposa, os filhos; o posto de trabalho, carreira, profissão, ocupação, atividade, serviço; como viajar, deslocar-se de um lugar para outro, errar, deambular, caminhar, deixar para trás ou esquecer; em pequenos abandonos: partes de edificações, canteiros e entulhos de obras, coisas quebradas, rachadas, abandonos em lugares ativos, o lixo, resíduos, restos, teia de aranha, poeira, capim, etc.; as áreas verdes, a arborização, os cursos d’água, os banhados na cidade; o rural, o campo, o bucólico; os vazios urbanos, o terrain vague, a terceira paisagem ou o selvático; uma filosofia, uma ideia em detrimento de outra, ou sobre outra, conceitos, um fazer projeto ou uma teoria; um registro, um texto, um livro, uma fotografia, um desenho, uma poesia; como ação de liberar, do libertino, da libertinagem dos espaços e da possibilidade do lugar novo.A submissão de trabalhos, necessariamente inéditos, deverá ser feita pelo sistema https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/pixo/index, cadastrando-se como “autor”, entre os dias 14 de junho de 2022 e 30 de outubro de 2022. A edição temática “ARQUITETURAS DO ABANDONO: manifestações de uma polissemia existencial” é dirigida pelo Professor Dr. Eduardo Rocha e a doutoranda Ma. Vanessa Forneck.