CHAMADA PARA A VIGÉSIMA QUARTA EDIÇÃO DA REVISTA PIXO

2024-03-01
A PIXO – Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, torna pública a chamada para a sua 24ª edição, com a temática “ARQUITETURAS DO ABANDONO: manifestações de uma polissemia existencial”. A ideia é reunir no dossiê temático, artigos, ensaios, entrevistas, resenhas e trabalhos audiovisuais (fotografias, collages, desenhos, mapas, vídeos, poesias, etc.) que tratem da polissemia do conceito de abandono, em seu sentido existencial ‒ da vida. A palavra abandono pode ser pensada de diferentes formas. Refere-se a uma ação que objetiva dispensar algo, uma coisa, uma pessoa, uma função, um lugar. Abandonar remete ao desamparo, ao refugo… deixar a ermo. É abandonado aquilo que não nos serve mais ou o que não faz mais sentido em nossa vida. Pode ser expressado em sua materialidade, apresentando sinais visíveis de esquecimento e descaso, como objetos quebrados, prédios abandonados, bairros marginalizados, cidades devastadas. Contudo, o abandono pode se manifestar de formas menos explícitas, quando uma pessoa é ou se sente abandonada, ocasionando nela um blocos de sensações que variam em potência e intensidade. Um abandono de acolhimento, amor e proteção para com o outro. A proposta desta edição é discutir as inquietações produzidas pelo abandono. O que pode desencadear aquilo que está abandonado? Quais as reverberações de um abandono? Qual o tempo e velocidade que operam nessa condição? Busca-se trazer reflexões às diferentes abordagens e sentidos do abandono, com a intenção de instigar caminhos que possibilitem revelar determinadas práticas, ações e medidas que dizibilizem potências para a construção do conhecimento em diversas áreas. Neste número da PIXO queremos publicar trabalhos que tratem da diversidade de temas que atravessam as “ARQUITETURAS DO ABANDONO” na contemporaneidade, que acabam por complementar o verbo “abandonar”: edificações, espaços livres, bairros, cidades, etc. nas mais diversas escalas; ruínas, destruição, devastação, derrocada, colapso, aniquilamento, extinção, extermínio, fim, perda, desmoronamento, esfacelamento ou estrago; a decadência, degradação, declínio, queda, decaída, empobrecimento, depauperamento, perecimento, involução, ocaso ou outono; lugares de ociosidade, desocupados, obsoletos, subutilizados, reabilitados, restaurados, revividos ou revitalizados; os lugares do patrimônio cultural, arquitetônico, urbano e histórico; costumes, práticas, saberes, tradições; leis, pelo poder público, do direito à cidade; como o síndrome do abandono, psicologicamente e psicanaliticamente: negativo-agressivo, positivo amoroso, não valorizado e/ou catastrófico; as pessoas, os grupos sociais e as comunidades, a casa, a família, o marido, a esposa, os filhos; o posto de trabalho, carreira, profissão, ocupação, atividade, serviço; como viajar, deslocar-se de um lugar para outro, errar, deambular, caminhar, deixar para trás ou esquecer; em pequenos abandonos: partes de edificações, canteiros e entulhos de obras, coisas quebradas, rachadas, abandonos em lugares ativos, o lixo, resíduos, restos, teia de aranha, poeira, capim, etc.; as áreas verdes, a arborização, os cursos d’água, os banhados na cidade; o rural, o campo, o bucólico; os vazios urbanos, o terrain vague, a terceira paisagem ou o selvático; uma filosofia, uma ideia em detrimento de outra, ou sobre outra, conceitos, um fazer projeto ou uma teoria; um registro, um texto, um livro, uma fotografia, um desenho, uma poesia; como ação de liberar, do libertino, da libertinagem dos espaços e da possibilidade do lugar novo. A submissão de trabalhos, necessariamente inéditos, deverá ser feita pelo sistema em: https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/pixo/, cadastrando-se como “autor”, entre os dias 14 de junho de 2022 e 15 de novembro de 2022. A edição temática “ARQUITETURAS DO ABANDONO: manifestações de uma polissemia existencial” é dirigida pelo Professor Dr. Eduardo Rocha e a doutoranda Ma. Vanessa Forneck.