CHAMADA PIXO 35/36 - SABERES ANCESTRAIS: Aproximações com Arquitetura, Urbanismo e Cidades

Saberes Ancestrais: Aproximações com Arquitetura, Urbanismo e Cidades Os saberes ancestrais são expressões vivas das culturas indígenas, africanas e tradicionais brasileiras. Transmitidos de geração em geração, esses conhecimentos moldam práticas de construção, ocupação do território, modos de vida e interações com a natureza. Na arquitetura, no urbanismo e nas cidades, a valorização dessas sabedorias pode contribuir para soluções inovadoras, resilientes e enraizadas na identidade cultural da América Latina. Este dossiê convida pesquisador@s, profissionais e comunidades a refletirem sobre a relação entre saberes ancestrais e os espaços construídos e vividos, explorando práticas, tradições e cosmologias que oferecem perspectivas alternativas aos paradigmas ocidentais civilizatórios. Propomos um diálogo que valorize a oralidade, a memória e as tecnologias sociais desenvolvidas por povos indígenas, quilombolas, pescadores, ribeirinhos e outras comunidades tradicionais. Os temas sugeridos incluem, mas não se limitam a: Arquiteturas vernaculares indígenas, africanas e ribeirinhas no Brasil e na America Latina;O uso de materiais e técnicas construtivas tradicionais na contemporaneidade;Territorialidade e modos de habitar de povos tradicionais, pescadores e ribeirinhos para além das fronteiras;O papel da oralidade na transmissão do conhecimento arquitetônico e urbano;Relações entre corpo, espaço e rito em culturas ancestrais;A paisagem como expressão de memória e identidade coletiva;Integração de saberes ancestrais e ciência na construção sustentável;Saberes tradicionais na gestão da água e ocupação de margens fluviais;Políticas públicas e reconhecimento de territórios tradicionais nas cidades;Mitos e ritos que estruturam essas comunidades na construção de suas respectivas arquiteturas;Violência colonial e jesuítica e a condenação da arquitetura ancestral como forma de civilizaçãoOs espaços e os lugares dos rituais;Historiografia dos povos indígenas e africanos. Autores como Ailton Krenak, David Kopenawa, Achille Mbembe, Nego Bispo, Graça Graúna, Marcos Terena, Edson Caiapó, Paulo Tavares, Gersen Baniwa, Daniel Munduruku, Manuela Carneiro da Cunha, Muniz Sodré, Lélia Gonzalez, Eduardo Viveiros de Castro, José Jorge de Carvalho, Kabengele Munanga, Sidnei Nogueira, Jaime Diakara, Robson Cruz, Wanderson Flor do Nascimento trazem reflexões fundamentais para essa discussão, contribuindo para uma abordagem decolonial e plural na compreensão dos saberes ancestrais; assim como anteriormente fizeram: Eduardo Galeano, Irmãos Villas Boas, Lévi-Strauss, Michael Taussig, Aimé Césaire, Amilcar Cabral, Enrique Dussel, Pierre Clastres, Franz Fanon, Walter Mignolo,  Aníbal Quijano e Madalena Caramuru. A submissão de trabalhos inéditos deverá ser feita pelo sistema https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/pixo/index, com cadastro prévio como autor, entre 07 de março de 2025 e 16 de julho de 2025. A edições temáticas 'Saberes Ancestrais', coordenada pelos pesquisadores Eduardo Rocha (UFPel), Adriana Portella (UFPel/Heriot-Watt) e Fernando Fuão (UFRGS), aceitará artigos, ensaios, entrevistas, resenhas, processos e projetos, traduções e ensaios livres ('parede branca/negra').