O ASSOMBRO DE UMA OKUPAÇÃO
Fantasma e o acontecimento projetual
Resumo
O presente artigo traz uma reflexão sobre o conceito de fantasma, presente na filosofia de Gilles Deleuze, na passagem feita entre 1968 e 69: do simulacro-fantasma do livro Diferença e Repetição (2000) para o acontecimento-fantasma de Lógica do Sentido (1974). Nesta abordagem o fantasma ganha um valor positivo, testemunho dos acontecimentos que visa “contestar a identidade e (...) a perda do nome próprio” (DELEUZE, 1974, p.3). Para rastrear este fantasma, propomos investigar os acontecimentos emergentes de um encontro numa atividade projetual entre OCAS (Escritório Modelo de Arquitetura-UEL), MARL (Movimento de Artistas de Rua de Londrina) e o edifício da ULES (União Londrinense de Estudantes Secundaristas). Acontecimentos com e numa Okupação, grafada com ‘K’, um tipo de deboche sobre a necessidade de seguir um modelo, origem ou identidade. Este ‘k’ nos parece uma pista, pois não se trata da “semelhança diminuída” ou erro de cópia, pois ao invés de selecionar “boas imagens” ele pode sugerir o fantasma da “imagem sem semelhança”. Nossa busca por fantasmas nestes acontecimentos nos levou a refletir sobre o próprio ato projetual, onde os verbos infinitivos “batalhar” e “morrer” podem revelar uma forte assombração do “controle” existente no Projetar.Downloads
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