GEOCODIFICAÇÃO DIGITAL E A COVID-19

A velha disputa pelo território do atual urbanismo digital nas favelas

  • Fabiana Izaga
  • Rodrigo d´Avila
  • Pérola Barbosa
  • Arthur Melo
  • Giovana Paape
Palavras-chave: urbanismo digital, favela, covid-19, código de endereçamento postal, eocodificação de dados

Resumo

Este artigo busca analisar a representação desigual dos casos de Covid-19 na região de Ramos, no Rio de Janeiro. A geocodificação dos casos da pandemia joga luz nas irregularidades do sistema do urbanismo digital, expondo o problema anterior dos vazios cartográficos do território, o qual persiste em meio ao discurso sobre um urbanismo smart, baseado na dataficação. Foram utilizados os dados oficiais da pandemia em metodologia que coteja a sua localização, por meio dos códigos de endereçamento postal (CEPs), com os bancos de dados dos Correios, da Google e do Guia de Ruas da Maré. Conclui-se que as falhas na sistematização e coleta de dados não permite uma análise espacial apurada da Covid-19 em territórios vulneráveis, e que o urbanismo baseado na dataficação continua reproduzindo um modelo de território onde persevera a invisibilidade da favela e restringe o acesso às políticas de saúde a todos os cidadãos.

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Publicado
2023-10-22
Como Citar
IZAGA, F.; d´AvilaR.; BARBOSA, P.; MELO, A.; PAAPE, G. GEOCODIFICAÇÃO DIGITAL E A COVID-19: A velha disputa pelo território do atual urbanismo digital nas favelas. PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, v. 6, n. 22, p. 188-205, 22 out. 2023.