GEOCODIFICAÇÃO DIGITAL E A COVID-19
A velha disputa pelo território do atual urbanismo digital nas favelas
Resumo
Este artigo busca analisar a representação desigual dos casos de Covid-19 na região de Ramos, no Rio de Janeiro. A geocodificação dos casos da pandemia joga luz nas irregularidades do sistema do urbanismo digital, expondo o problema anterior dos vazios cartográficos do território, o qual persiste em meio ao discurso sobre um urbanismo smart, baseado na dataficação. Foram utilizados os dados oficiais da pandemia em metodologia que coteja a sua localização, por meio dos códigos de endereçamento postal (CEPs), com os bancos de dados dos Correios, da Google e do Guia de Ruas da Maré. Conclui-se que as falhas na sistematização e coleta de dados não permite uma análise espacial apurada da Covid-19 em territórios vulneráveis, e que o urbanismo baseado na dataficação continua reproduzindo um modelo de território onde persevera a invisibilidade da favela e restringe o acesso às políticas de saúde a todos os cidadãos.A revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores. O Conselho Editorial não se responsabiliza por opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos publicados. Os trabalhos aceitos para publicação passam a ser de propriedade da Revista PIXO, não podendo, o autor, reclamar, em qualquer época ou sob qualquer pretexto, remuneração ou indenização pela publicação. A reimpressão, total ou parcial, dos trabalhos publicados é sujeita à autorização expressa dos Editores. Obs. Cabe(m) ao(s) autor(es) as devidas autorizações de uso de imagens com direito autoral protegido (Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998), que se realizará com o aceite no ato do preenchimento da ficha de inscrição via web.