O CORPO E A CENA
As visibilidades possíveis das narrativas dissidentes das ruas
Resumo
A partir de observações no cotidiano das cidades, este artigo reflete como as contranarrativas da rua podem elaborar um conteúdo crítico sobre as próprias práticas epistêmicas do pensamento urbano e incentivar o conhecimento dos corpos urbanos estigmatizados. Para isto, elaborou-se uma narrativa sobre uma cena inusitada, a cama de um morador em situação de rua em frente a um registro de imóveis, analisando criticamente as imagens do percurso por uma abordagem dialética entre a experiência vivida e o pensamento urbanístico. Na problematização da cena, articulou-se o conceito de performance enquanto agir político do corpo através do se fazer visível e das narrativas dissidentes que surgem através dessa visibilidade. Por fim, acreditase que ao inserir-se as metodologias narrativas na discussão do urbano, é possível abrir espaço para novos pensamentos, que superem os preconceitos e as hostilidade tradicionalmente instrumentalizados pelo planejamento urbano hegemônico.A revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores. O Conselho Editorial não se responsabiliza por opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos publicados. Os trabalhos aceitos para publicação passam a ser de propriedade da Revista PIXO, não podendo, o autor, reclamar, em qualquer época ou sob qualquer pretexto, remuneração ou indenização pela publicação. A reimpressão, total ou parcial, dos trabalhos publicados é sujeita à autorização expressa dos Editores. Obs. Cabe(m) ao(s) autor(es) as devidas autorizações de uso de imagens com direito autoral protegido (Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998), que se realizará com o aceite no ato do preenchimento da ficha de inscrição via web.