EXPERIÊNCIAS FANTASMAGÓRICAS POR ENTRE VÃOS
Corpo, arte e arquitetura nas infiltrações em ruínas
Resumo
O presente artigo apresenta um estudo teórico-cultural sobre arquiteturas em ruínas. Tendo as ações de infiltração e atuação nas ruínas como lócus do estudo, a pesquisa indica um impulso que transforma a arquitetura arruinada em um espaço continnum trans-histórico, por sua ruptura temporal, a partir da perda e superação das referências históricas. Deste modo, uma espécie de ressignificação da materialidade e da imaterialidade da arquitetura, uma força de transmutação, ou um status nascendis, altera a concepção cronológica relacional que temos com o espaço arquitetônico e a justificativa por interpretá-las está na base da pesquisa fenomenológica e qualitativa em arquitetura. Dividido em três seções: (i) “Infiltrando ruínas: corpo e arte através da ação”, (ii) “A etnografia multissensorial no espaço arruinado” e (iii) “Ambiências fantasmagóricas na alegoria do movimento ou o papel do vão”, o trabalho procura, através desse contexto, compreender a forma difusa de atuação na ação em campo, a corporeidade do explorador de ruínas em direção a uma transgressão cognitiva dos valores arquitetônicos da obra, e a ativação das possibilidades de atuações artísticas na Atmosfera/Ambiência que envolve as arquiteturas em ruínas. Fazendo da experiência vivida da arquitetura a própria ligação entre arte e realidade, este entre-lugar efêmero e catalisador de ações experimentais urbanas permite repensar as ações táticas do corpo na cidade e também incentivar uma corpo-grafia desviante em cenários que, pela inércia, acabam sendo tomados como insolúveis: os espaços arruinados.Downloads
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