PRÁTICAS URBANAS INSURGENTES COMO PARTICIPAÇÃO POPULAR NO PLANEJAMENTO URBANO

  • Tiago Balem
  • Paulo Reyes
Palavras-chave: práticas urbanas insurgentes, política, participação popular, planejamento urbano, ocupações

Resumo

Este artigo é fruto de um pensamento que investiga formas de atuação política e estética na cidade contemporânea. Debatemos como práticas urbanas insurgentes, que reconhecemos nas okupas, utilizam-se do espaço para produzir enunciados contrahegemônicos. Propomos relacionar uma série de ocupações, como um modo próprio de participação popular, em que grupos exoneram a coerção do Estado ou da propriedade privada, e investem em um poder de gestão coletiva paralelo por meio da ação direta. A noção de política nessas ocupações atinge, assim, duas coordenadas: uma que produz movimentos sobre o mundo físico — intervenção espacial e contaminação afetiva nos participantes — e outra que produz narrativas a partir do espaço — as quais devem ultrapassar seus limites e furar os bloqueios de um ordenamento social. Ambas coordenadas partem de um devir acionado por conflitos, em que tais práticas visam a desterritorialização de narrativas hegemônicas para, assim, produzirem seus próprios territórios dissidentes.
Publicado
2024-03-15
Como Citar
BALEM, T.; REYES, P. PRÁTICAS URBANAS INSURGENTES COMO PARTICIPAÇÃO POPULAR NO PLANEJAMENTO URBANO. PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, v. 8, n. 28, p. 128-141, 15 mar. 2024.
Seção
Artigos e Ensaios