DOMINGO EM PATMOS

  • Vladimir Bartalini
Palavras-chave: Antropoceno, imaginário, ciência, paisagens, poieses

Resumo

Um tom apocalíptico perpassa os relatos tanto imaginários como científicos sobre o nosso futuro na Terra. Presságios, presciências e ciências contaminam-se mutuamente diante do estado agonizante da natureza e das dúvidas sobre a possibilidade de sua recuperação. Ao mesmo tempo, na esteira da destruição em curso e do questionamento dos limites entre natureza e cultura, coloca-se atualmente em xeque também a ideia de uma totalidade abarcante e, consequentemente, a possibilidade de paisagens conforme entendidas desde a Modernidade. Uma fantasia catastrófica abre o artigo como que preparando a breve exposição de ficções distópicas encontráveis na literatura a partir de meados do século XX, rematando de modo desesperançoso a crise da humanidade. Em seguida, são trazidas as atuais incertezas que rondam as ciências no trato do Antropoceno. Por fim, em meio ao nevoeiro, perscrutam-se aberturas, paisagens por vir, a partir dos pequenos, mas imprescindíveis, deslocamentos de sentido que uma disposição poética diante do mundo pode oferecer.
Publicado
2024-06-06
Como Citar
BARTALINI, V. DOMINGO EM PATMOS. PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, v. 8, n. 29, p. 28-41, 6 jun. 2024.