PATRIMÔNIO E ANTROPOCENO

Da banalização à construção de imunidades

  • Camila Ferreira Guimarães
  • Paula Marques Braga
Palavras-chave: paisagem, cultura, patrimônio, banalização, imunidades

Resumo

A discussão que envolve as conceituações de Antropoceno busca entender, de forma crítica, a ação do ser humano, responsabilizando-o (nos) pelas consequências que vêm sendo sentidas em termos de um colapso ambiental global iminente. Partindo de sua conceituação inicial, e transpondo estas análises ao campo do patrimônio cultural, questiona-se de que forma esta base conceitual pode contribuir às análises no campo da intervenção urbana, que incidem sobre paisagens particulares, preservadas pela representatividade de sua identidade local, material e imaterial, mas que, submetidas às mesmas lógicas de produção e consumo do espaço urbano, acabam também por colapsarem, banalizadas e esvaziadas de seus significados. Nesse viés, tensionamos a possibilidade da memória e, consequentemente, do patrimônio, a partir de uma dimensão crítica e ampliada, configurarem processos de resistência ao contexto de banalização, enquanto sistemas de imunidade simbólica. Buscamos, portanto, desenvolver uma abordagem fenomenológica para a análise do espaço patrimonial, dando ênfase à experiência e à ambiência geradas pela composição da paisagem enquanto produtoras de situações de pertencimento, de identificação e de resistência.
Publicado
2024-06-06
Como Citar
FERREIRA GUIMARÃES, C.; MARQUES BRAGA, P. PATRIMÔNIO E ANTROPOCENO: Da banalização à construção de imunidades. PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, v. 8, n. 29, p. 220-237, 6 jun. 2024.