PAISAGENS NO TEMPO PROFUNDO
Abjeto e ruína nos horizontes do medo
Resumo
Este artigo tem por objetivo refletir sobre processos de subjetivação que, centralizados na problemática do medo como imperativo na produção do espaço contemporâneo, gestam paisagens abjetivas em temporalidades profundas. Partindo da ficção do real como modo de elaborá-lo, nossa reflexão faz uso da montagem narrativa como forma de dar vazão às inúmeras manifestações do medo na temporalização do espaço. Iniciamos explorando uma proposta de alerta para a presença de lixo radiativo em um futuro distante e como essa mensagem nasce linguística, mas torna-se paisagística; seguimos interpretando as paisagens e o medo pelo desconhecido na literatura de Lovecraft, identificando o abjeto no oculto; culminamos encontrando nas ruínas as atmosferas do medo e do desejo, unindo passado e futuro em um eterno conflito presente. Por fim, propomos que é através da compreensão destes valores constitutivos do antropoceno que será possível começarmos a identificar seu potencial transgressor e a ficcionar novas paisagens em um presente espesso e relacional.A revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores. O Conselho Editorial não se responsabiliza por opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos publicados. Os trabalhos aceitos para publicação passam a ser de propriedade da Revista PIXO, não podendo, o autor, reclamar, em qualquer época ou sob qualquer pretexto, remuneração ou indenização pela publicação. A reimpressão, total ou parcial, dos trabalhos publicados é sujeita à autorização expressa dos Editores. Obs. Cabe(m) ao(s) autor(es) as devidas autorizações de uso de imagens com direito autoral protegido (Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998), que se realizará com o aceite no ato do preenchimento da ficha de inscrição via web.