FORMAS DE HABITAR MUNDOS ESTILHAÇADOS NO CAPITALOCENO
Recompondo as ruínas de Bento Rodrigues
Resumo
Neste artigo, investigamos formas e possibilidades de (re)construção e (re)valorização de vínculos, agenciamentos políticos, instâncias de ação coletiva e práticas criativas de cuidado em Bento Rodrigues, subdistrito soterrado pelo desastre-crime da Samarco (Vale/BHP) em 2015. A partir de um grupo específico, o “Loucos pelo Bento”, nos dirigimos a uma paisagem existencial: como ele torna as ruínas habitáveis, que sentidos imprime a esse processo e como empenha instâncias revivificantes de pertencimento em meio a um mundo danificado? Dados documentais, audiovisuais, etnográficos e entrevistas orientam nossa análise. Articulamos tal arranjo como um contexto de sofrimento social e de crime continuado atravessado por elementos indiciais de trauma cultural, sublinhando a relevância de impactos subjetivos coletivos ocasionados pela relação assimétrica com a produção neoextrativa mineral e efeitos da injustiça ambiental para compreensão da paisagem de poder do Capitaloceno, no que diz respeito ao uso, destruição de recursos e dinâmica de expulsões.A revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores. O Conselho Editorial não se responsabiliza por opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos publicados. Os trabalhos aceitos para publicação passam a ser de propriedade da Revista PIXO, não podendo, o autor, reclamar, em qualquer época ou sob qualquer pretexto, remuneração ou indenização pela publicação. A reimpressão, total ou parcial, dos trabalhos publicados é sujeita à autorização expressa dos Editores. Obs. Cabe(m) ao(s) autor(es) as devidas autorizações de uso de imagens com direito autoral protegido (Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998), que se realizará com o aceite no ato do preenchimento da ficha de inscrição via web.