PETRÓPOLIS MAIS-QUE-HUMANA
Conspiradores ferais no Antropoceno serrano
Resumo
O Antropoceno evidencia o protagonismo das ações antrópicas nas alterações ecossistêmicas do planeta. As mudanças estão dadas e os efeitos vêm sendo percebidos também em eventos que, apesar de serem tidos como extremos, são esperados com mais frequência. Compreender o Antropoceno enquanto fase de transição, convida pensar na sua superação a partir de uma perspectiva mais-que-humana, que questione a centralidade do debate no homem e no capital. O artigo apresenta, como objeto de estudo, a Petrópolis pós-desastre socioambiental de 2022 sob a perspectiva da dissociação das dinâmicas da natureza ao longo de seu processo de urbanização. O processo de domesticação e controle sobre a natureza revela conspiradores ferais desse transtorno: a chuva, a terra e a lama. Exercitar a interpretação do Antropoceno e da lente mais-que-humana na paisagem serrana deixa evidente a necessidade de firmar novos compromissos para redirecionar a rota, ensaiado na última parte deste artigo.Downloads
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