A DANÇA DAS EMBAÚBAS

Paisagens de um pós-apocalipse

  • Tuanne Monteiro de Carvalho
  • Leandro Ferreira Marques
Palavras-chave: paisagem, desastre urbano-socioambiental, memória urbana, Maceió- AL

Resumo

Qual o futuro de uma área devastada? O que brota nos escombros? O que sobrevive em meio às ruínas? Estas perguntas ecoam em nossos pensamentos enquanto exploramos caminhos teóricos para refletir sobre a desocupação compulsória de cinco bairros em Maceió-AL, devido a um processo contínuo de afundamento do solo provocado pela extração de minério. Ao desvelar fragmentos de habitabilidade no cenário apocalíptico implantado na cidade, encontramos nos textos de Anna Tsing (2019, 2014) pistas para uma múltipla e entrelaçada análise da paisagem, sem excluir as camadas perversas e destruidoras imbricadas ao conceito-chave do Antropoceno. Recorremos às descrições de nossas observações, fotografias e imagens de satélite para interpretação do fenômeno e consolidação das nossas reflexões. Imaginar paisagens para um pós-antropoceno nos instigou a reconhecer outros seres e relações atuantes neste espaço urbano em respectivo arruinamento e resistência, a traçar novos caminhos para pensar sobre a nossa história e o nosso futuro…

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Publicado
2024-06-06
Como Citar
MONTEIRO DE CARVALHO, T.; FERREIRA MARQUES, L. A DANÇA DAS EMBAÚBAS: Paisagens de um pós-apocalipse. PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, v. 8, n. 29, p. 358-371, 6 jun. 2024.