HABITAR É PRECISO, CONVIVER COM VIOLÊNCIA NÃO É PRECISO

Diferentes arranjos familiares e políticas públicas habitacionais para a população LGBTQIA+

  • Eduardo Rocha Lima
  • Yuri Nascimento Paes da Costa
Palavras-chave: habitação, acolhimento institucional, vidas precárias, cisheteronormatividade, população LGBTQIA

Resumo

Apesar de representar a maior economia da América Latina, os números de mortes e de crimes de ódio contra as pessoas LGBTQIA+ no Brasil evidenciam a constante caracterização destas vidas como precárias. O estado de constante exposição às ameaças e sobrevivências extravasa para diversos dispositivos da biopolítica contemporânea. Dentre esses, é inegável que o controle das sexualidades e dos corpos também se reflete nas políticas homogeneizantes de assistência social e de habitação. A partir deste cenário, o objetivo do presente artigo é tecer reflexões acerca das diversas formas de construção de famílias afetivas e de habitação praticadas pela população LGBTQIA+ para, então, pensarmos as políticas de habitação e de acolhimento institucional existentes no Brasil hoje. Para tanto, o debate foi fundamentado nas discussões de Foucault (2007), Preciado (2002), Schulman (2009), Butler (2015, 2018) e também foram utilizados textos das normativas do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e da Política Nacional de Habitação (PNH) como objeto de crítica a partir de uma perspectiva LGBTQIA+.

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Publicado
2024-12-06
Como Citar
ROCHA LIMA, E.; NASCIMENTO PAES DA COSTA, Y. HABITAR É PRECISO, CONVIVER COM VIOLÊNCIA NÃO É PRECISO: Diferentes arranjos familiares e políticas públicas habitacionais para a população LGBTQIA+. PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, v. 8, n. 30, p. 52-69, 6 dez. 2024.
Seção
Autor@s Convidad@s