MEMÓRIA OPERÁRIA E PATRIMÔNIO INDUSTRIAL

Preservação ou apagamento do legado fabril em ocupações habitacionais nos subúrbios ferroviários do Rio de Janeiro

  • Maria Paula Albernaz
  • Gabriel da Silva Vidal Cid
  • Gabriele de Oliveira Pinto
Palavras-chave: patrimônio industrial, memória operária, direito à cidade, subúrbios, Rio de Janeiro

Resumo

Este artigo visa refletir sobre o patrimônio industrial no Rio de Janeiro, baseando-se no estudo da relação entre remanescentes industriais reconvertidos para fins habitacionais e a memória operária nos subúrbios ferroviários. O foco são espaços fabris convertidos para habitação em dinâmicas protagonizadas por atores comunitários. Investiga o papel dessas reconversões a partir da discussão sobre patrimônio industrial e memória coletiva, e verificação do quadro da escassez de patrimonialização de bens industriais suburbanos e produção habitacional em políticas públicas. Abarca uma análise cartográfica e morfológica das ocupações autoconstruídas na Zona Norte do Rio de Janeiro, e uma análise etnográfica em um estudo de caso. Ao trazer memórias fragmentadas e subterrâneas e avaliar um senso de pertencimento e identidade nos seus moradores, conclui pelo potencial dessas ocupações autoconstruídas reconvertidas como expressão simultânea de preservação do legado industrial e reivindicação pelo direito à cidade mediante práticas que desafiam processos estabelecidos da ordem dominante.

Publicado
2025-07-04
Como Citar
ALBERNAZ, M. P.; DA SILVA VIDAL CID, G.; DE OLIVEIRA PINTO, G. MEMÓRIA OPERÁRIA E PATRIMÔNIO INDUSTRIAL: Preservação ou apagamento do legado fabril em ocupações habitacionais nos subúrbios ferroviários do Rio de Janeiro. PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, v. 9, n. 33, p. 134-153, 4 jul. 2025.