AS OCUPAÇÕES DE FÁBRICAS E A DEFESA DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL VIVO

  • Vinícius Martins de Camargo
Palavras-chave: patrimônio industrial, ocupação de fábricas, movimento operário

Resumo

Dado que os interesses das diferentes classes envolvidas na produção industrial e na produção da cidade são contraditórios, não se pode dizer que há uma memória coletiva em geral. A memória também é baseada em relações conflituosas de classe. O presente ensaio teórico-crítico busca analisar as relações contraditórias entre indústria e cidade sob o prisma da luta de classes e questionar como os tombamentos carregam e salientam tais contradições, via de regra em favor da classe dominante. A experiência brasileira e latino-americana de ocupações de fábricas, em especial, do Movimento das Fábricas Ocupadas, fornece material de grande interesse para debater as proposições vigentes quanto ao que vem a ser chamado de patrimônio industrial. Tal movimento defendeu a preservação da indústria enquanto indústria viva, não aceitando sua conversão em um túmulo de empregos. Por fim, propõe que as fábricas e a memória do movimento deveriam ser consideradas patrimônio industrial.

Publicado
2025-07-04
Como Citar
MARTINS DE CAMARGO, V. AS OCUPAÇÕES DE FÁBRICAS E A DEFESA DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL VIVO. PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, v. 9, n. 33, p. 320-339, 4 jul. 2025.