SABERES CERAMISTAS E PAISAGEM CULTURAL
O barro como expressão de práticas tradicionais no território mogiano
Resumo
O artigo investiga a relação entre paisagem cultural e a formação de modos de ser, técnicas construtivas, práticas e saberes tradicionais, considerando os recursos naturais no território. Observa-se a persistência de práticas de manuseio do barro no Vale do rio Mogi Guaçu, região marcada por vestígios de comunidades ceramistas cujas tradições estão entrelaçadas à paisagem fluvial. Apesar da continuidade do uso da argila como matéria-prima por mais de 1.500 anos, as descontinuidades também são visíveis: técnicas indígenas, produção artesanal e processos industriais dos períodos pré-moderno e moderno coexistem. Com base em revisão bibliográfica, investigação etnográfica e análise de artefatos e documentos históricos, a pesquisa busca compreender como a paisagem e suas propriedades biofísicas sustentam a persistência cultural frente às transformações provocadas pela industrialização da cerâmica. Dada a relevância desses saberes para a identidade, a memória coletiva e a coesão social, os resultados indicam que sua valorização pode fortalecer os laços comunitários e impulsionar a revitalização cultural e territorial. Pretende-se contribuir com o debate em arquitetura e urbanismo a partir dos saberes tradicionais, oferecendo subsídios para ações voltadas à valorização das paisagens culturais, ao fortalecimento identitário e ao reconhecimento dos territórios tradicionais como espaços legítimos de produção de conhecimento.
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