CONTRA-FEITIÇO, CONTRA-MONUMENTO
Cosmopolítica Guarani Mbya e os espaços da memória na cidade de São Paulo
Resumo
Este artigo analisa como a mobilização de lugares da cidade pelos Guarani Mbya, no contexto da luta por seu território na metrópole de São Paulo, tensiona os espaços de memória urbana. As manifestações ocorreram entre 2013 e 2016 em locais como o Monumento às Bandeiras, a Rodovia dos Bandeirantes e o Pátio do Colégio, compreendidos como portadores de narrativas coloniais associadas aos bandeirantes e jesuítas. O texto investiga como esses atos operam como “contra-monumentos”, capazes de transformar tais espaços não apenas simbolicamente, mas também por meio de rituais e mobilizações xamânicas. Inspirado na noção de cosmopolítica de Isabelle Stengers, o artigo argumenta que essas ações funcionam como um “contra-feitiço”, tornando visível aquilo que foi excluído das assembleias modernas. Assim, propõe-se uma reflexão sobre os conflitos de memória no espaço urbano como expressão de projetos radicalmente distintos de presente e futuro.
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