RENDA, PESCA E PAISAGEM
Por uma ecopolítica dos saberes das águas nas margens da Laguna Mundaú
Resumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre as ecopolíticas das águas no Pontal da Barra em Maceió, Alagoas, território tradicional marcado pelas práticas e artesanias da pesca e da renda filé, ambas ameaçadas pela indústria petroquímica, principalmente após o recente crime ambiental ocorrido na capital alagoana. A partir da leitura da paisagem e escuta de narrativas locais, fruto de atividades acadêmicas da formação em arquitetura e urbanismo, se articula narrativas de memória e resistência do bairro, situado entre o Oceano Atlântico e a Laguna Mundaú. Conforme os saberes ancestrais, tecnologias de resistência dos habitantes locais, mais do que compreender a paisagem, trata-se de regenerar as relações entre humanos, águas e demais elementos dos ecossistemas coexistentes no território, questionando a urbanidade hegemônica e elucidando modos outros de habitar. Ancorado na decolonialidade, se vislumbra imaginar futuros lagunares em que a cidade escute as águas e reconheça a dignidade dos modos de vida tradicionais.
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