A ILHA DO RECIFE E A ILHA ANTÔNIO VAZ

Área central do Recife e seu patrimônio portuário, ferroviário e industrial, entre reconhecimentos e apagamentos

  • Natália Miranda Vieira-de-Araújo
Palavras-chave: patrimônio portuário, patrimônio ferroviário, patrimônio industrial, Recife, preservação

Resumo

Este artigo se propõe a observar as duas ilhas que compõem hoje a paisagem da área central da cidade do Recife, a partir de um olhar panorâmico sobre intervenções realizadas no recorte temporal dos últimos 20 anos, observando como seus vestígios históricos de área portuária, ferroviária e industrial – enquanto atividades que se imbricam com a função primeira que caracterizou a cidade – vem, por um lado, buscando o reconhecimento de seu valor patrimonial e, por outro, sendo o lócus para grandes transformações urbanas que nem sempre se pautam pelas questões preservacionistas. Partindo do pressuposto que a necessária transformação para adequação da cidade à dinâmica contemporânea não deve ser vista como incompatível com a preservação de seu significado cultural, nos perguntamos se as ações recentes estão de fato trabalhando em prol da sustentabilidade em seu sentido amplo (cultural, ambiental, social e econômico) ou se as questões patrimoniais seguem comparecendo prioritariamente nos discursos e não nas ações que se materializam sobre as camadas construídas da cidade.

Publicado
2025-08-23
Como Citar
MIRANDA VIEIRA-DE-ARAÚJO, N. A ILHA DO RECIFE E A ILHA ANTÔNIO VAZ: Área central do Recife e seu patrimônio portuário, ferroviário e industrial, entre reconhecimentos e apagamentos. PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, v. 9, n. 34, p. 14-45, 23 ago. 2025.