TORNEAR O BARRO, HABITAR O TEMPO

Pistas para a prática oleira e existencial dentro e fora dos ateliês de cerâmica

  • Taís Beltrame dos Santos
  • Humberto Levy de Souza
  • Paulo Renato Viegas Damé
Palavras-chave: cerâmica, cartografia, torno cerâmico, saberes ancestrais, arte contemporânea

Resumo

Este artigo propõe uma reflexão sobre o fazer cerâmico, em especial a partir da modelagem em torno, como prática ancestral de habitar o tempo, articulando saberes ligados ao território geográfico e existencial intrínsecos à prática. A partir da modelagem e queima do barro e das reflexões do trabalho de conclusão de curso Saberes em Ateliê: pistas para o ensino-aprendizagem em torno cerâmico (2025), possibilitadas pelo acompanhamento das aulas de introdução ao torno cerâmico no Ateliê de Cerâmica da UFPel, pela revisão de manual de referências e por compartilhamentos entre ceramistas, são apresentadas pistas que compreendem a cerâmica como gesto técnico e prático de um saber-fazer ancestral, mas também existencial. Utilizando a cartografia deleuze-guattariana como método, compreende-se o fazer oleiro como campo de aprendizagens situadas e abertas, em constante transformação e reposicionamento. As pistas vislumbram que a paisagem seja praticada de forma situada, sensível e relacional, em exercício do tempo geológico, climático e íntimo.

Publicado
2025-12-28
Como Citar
BELTRAME DOS SANTOS, T.; LEVY DE SOUZA, H.; VIEGAS DAMÉ, P. R. TORNEAR O BARRO, HABITAR O TEMPO: Pistas para a prática oleira e existencial dentro e fora dos ateliês de cerâmica. PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, v. 9, n. 35, p. 76-97, 28 dez. 2025.