CAMINHOGRAFIA E TERRITORIALIDADES ANCESTRAIS
Multiplicidade às margens do Canal São Gonçalo, Pelotas/RS, Brasil
Resumo
O artigo discute a caminhografia urbana como método sensível de leitura territorial a partir das margens do Canal São Gonçalo, em Pelotas/RS. Ao articular corpo, deslocamento e escuta, a caminhografia ativa camadas de memória, afeto e percepção que emergem dos modos de vida ribeirinhos e das práticas ancestrais do povo das águas. As caminhadas realizadas entre junho e julho de 2024 revelam territorialidades invisibilizadas pelas políticas urbanas e atualizam processos de violência colonial que historicamente marginalizaram arquiteturas tradicionais. Dialogando com autores como Krenak e Bispo dos Santos, o texto reconhece rios, igarapés e margens como territórios de existência e de saber, onde o manejo da água implica manejo da vida. Argumenta-se que a caminhografia opera como dispositivo de visibilização desses saberes, contribuindo para uma abordagem decolonial no campo da arquitetura e do urbanismo.
A revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores. O Conselho Editorial não se responsabiliza por opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos publicados. Os trabalhos aceitos para publicação passam a ser de propriedade da Revista PIXO, não podendo, o autor, reclamar, em qualquer época ou sob qualquer pretexto, remuneração ou indenização pela publicação. A reimpressão, total ou parcial, dos trabalhos publicados é sujeita à autorização expressa dos Editores. Obs. Cabe(m) ao(s) autor(es) as devidas autorizações de uso de imagens com direito autoral protegido (Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998), que se realizará com o aceite no ato do preenchimento da ficha de inscrição via web.
.png)